Papelões, metal e alumínio, esses são os materiais dos quais muitos dependem
22/04/2011 16:06
22/04/2011 16:06
Mickaell Clygens - Estagiário
Uma noite de diversão com amigos regada a várias cervejas pode gerar renda para aqueles que sobrevivem em Alagoas como catador de latinhas. Pelas ruas, eles recolhem o que é levado ao lixo e fazem com que esses materiais ganhem nova utilidade a partir da reciclagem.
Diversas famílias dependem desse trabalho, mas sua função social ainda é desconhecida pelos cidadãos alagoanos. Catador há 10 anos, José Florin conta que alguns alagoanos não têm respeito pela figura do catador e desconhecem a importância do trabalho para o meio ambiente. “Levanto-me às 5h da manhã e termino meu turno por volta das 8h da noite, para no fim do dia conseguir R$ 30,00. Por muitas vezes passei por uma situação de desrespeito, muitos acham que nós catadores somos ladrões, drogados, poucos nos veem como pais de família”, reclamou José.
Em Alagoas, vários depósitos de reciclagem estão espalhados pelos municípios e, através desse trabalho, diversas famílias são sustentadas. De acordo com Antônio Correia, proprietário há nove anos de um depósito de reciclagem na Levada, o material reciclável que gera maior lucro é o cobre, chegando a R$ 9,50 o quilo, mas o comércio de latinha ainda permanece em destaque. “Os valores dos materiais oscilam durante o mês. Um quilo de latas de alumínio varia entre R$1,80 a R$ 2,00. Os catadores trazem o que conseguem nas ruas e no depósito separamos cada material para ser transportado para o sul do país: latinhas, papelões, vidros, cobre, metais entre outros. A renda chega a R$ 1 mil por mês”, diz Antônio.
Ecossistema
Diversas famílias dependem desse trabalho, mas sua função social ainda é desconhecida pelos cidadãos alagoanos. Catador há 10 anos, José Florin conta que alguns alagoanos não têm respeito pela figura do catador e desconhecem a importância do trabalho para o meio ambiente. “Levanto-me às 5h da manhã e termino meu turno por volta das 8h da noite, para no fim do dia conseguir R$ 30,00. Por muitas vezes passei por uma situação de desrespeito, muitos acham que nós catadores somos ladrões, drogados, poucos nos veem como pais de família”, reclamou José.
Em Alagoas, vários depósitos de reciclagem estão espalhados pelos municípios e, através desse trabalho, diversas famílias são sustentadas. De acordo com Antônio Correia, proprietário há nove anos de um depósito de reciclagem na Levada, o material reciclável que gera maior lucro é o cobre, chegando a R$ 9,50 o quilo, mas o comércio de latinha ainda permanece em destaque. “Os valores dos materiais oscilam durante o mês. Um quilo de latas de alumínio varia entre R$1,80 a R$ 2,00. Os catadores trazem o que conseguem nas ruas e no depósito separamos cada material para ser transportado para o sul do país: latinhas, papelões, vidros, cobre, metais entre outros. A renda chega a R$ 1 mil por mês”, diz Antônio.
Ecossistema
Sabe-se que a reciclagem traz benefícios, tanto para o meio-ambiente quanto para o próprio ser humano. Resíduos como papelão, latinhas e vidros são encontrados nas ruas facilmente disponibilizando para muitos geração de renda. Segundo o biólogo e ambientalista Ricardo Teixeira, produtos como esses podem permanecer no solo e nos corpos hídricos (lagoas, rios, etc.) por longos períodos, impossibilitando a sobrevivência de inúmeros seres vivos e, por consequência, causando desequilíbrios ecológicos em todos os ecossistemas da Terra.
“É necessário que catadores desempenhem o trabalho de reciclagem, pois se resíduos como esses demorarem a ser reciclados pode prejudicar o ecossistema. As pessoas devem valorizar trabalhadores que desenvolvem uma função social, trazendo melhoria ao meio-ambiente e qualidade de vida para todos”, ressaltou Ricardo.
Cooperativas
No âmbito nacional, a reciclagem de latinhas de alumínio atingiu a marca de 91,5% em 2010, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS). O percentual, considerado alto, reflete no valor de mercado da sucata de materiais comercializados. Os números apresentados vêm seguidos das embalagens PETI, com 54,8%, o vidro, 47%, as latas de aço a 46,5% e o papel, 43,7%.
Estima-se que existem milhares de catadores de materiais recicláveis em Maceió, distribuídos em 3 cooperativas. Para o economista Cícero Péricles, professor da UFAL, a reciclagem em Alagoas é uma atividade “marginal, incipiente e desorganizada, não tendo não tendo peso na definição do PIB do estado”.
A CoopVila é formada por 400 catadores despejados do antigo lixão de Maceió, que atualmente estão dispersos e buscam sobreviver recolhendo matérias primas dos caminhos de lixo nos bairros nobres, como Jatiúca, Ponta Verde, Pajuçara e Stella Maris; a CoopLum que tem sede na área da antiga Cobel, em Cruz das Almas, e a Cobrel, situada na Via Expressa, no bairro da Serraria, são associações dos catadores.
A coordenadora do Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu, Ana Lúcia Ferraz de Menezes, declara que com o fim do lixão, toneladas de matéria-prima recicláveis são enterradas diariamente no aterro sanitário de Maceió e que o lixo é descartado nas células de forma errada. “O modelo de funcionamento do aterro sanitário na cidade causa prejuízos ambientais e sociais”, disse a educadora.
http://primeiraedicao.com.br
Estima-se que existem milhares de catadores de materiais recicláveis em Maceió, distribuídos em 3 cooperativas. Para o economista Cícero Péricles, professor da UFAL, a reciclagem em Alagoas é uma atividade “marginal, incipiente e desorganizada, não tendo não tendo peso na definição do PIB do estado”.
A CoopVila é formada por 400 catadores despejados do antigo lixão de Maceió, que atualmente estão dispersos e buscam sobreviver recolhendo matérias primas dos caminhos de lixo nos bairros nobres, como Jatiúca, Ponta Verde, Pajuçara e Stella Maris; a CoopLum que tem sede na área da antiga Cobel, em Cruz das Almas, e a Cobrel, situada na Via Expressa, no bairro da Serraria, são associações dos catadores.
A coordenadora do Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu, Ana Lúcia Ferraz de Menezes, declara que com o fim do lixão, toneladas de matéria-prima recicláveis são enterradas diariamente no aterro sanitário de Maceió e que o lixo é descartado nas células de forma errada. “O modelo de funcionamento do aterro sanitário na cidade causa prejuízos ambientais e sociais”, disse a educadora.
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